Uma das coisas mais bonitas que a maturidade me ensinou foi a capacidade de agradecer.
O passar do tempo me afastou daquele pensamento infantil de questionar o motivo de todas as coisas. Esse tempo me trouxe que as coisas simplesmente acontecem, que a vida não espera você estar pronto e que não tem ninguém contra você: o mundo, geralmente, é injusto mesmo. Quando eu consegui entender isso, consegui agradecer mais e melhor todas as coisas me acontecem e me aconteceram.
Entender e agradecer isso tudo não tem a ver com aquela gratiluz fingida que a gente vê por aí. Entender e agradecer tem a ver com processos e etapas. Entender e, ainda assim, conseguir agradecer é a maturidade na essência. Porque todas as coisas que acontecem têm a importância singular de guiar a sua vida e destinar os seus caminhos.
Foi porque não deu tudo certo antes que você pôde chegar até aqui e o agora é o que você tem de mais valioso. Pensar em rebobinar para mudar alguma coisa da sua vida te levaria para outro lugar, totalmente diferente do agora e, entre o que existe de fato e o que só existe na suposição, eu fico sempre com a vida real. Ainda que muitas feridas fossem evitadas. Ainda que muitas dores não fossem sentidas. Ainda que muitas histórias fossem poupadas. Ainda que tudo tivesse saído como você planejou. Não valeria a pena, porque nada disso seria real, já que foram essas feridas, essas dores, essas histórias e tudo isso que saiu dos planos, que você pôde encontrar pessoas, cruzar caminhos e viver as histórias que contam a história da sua vida.
Uma das coisas mais bonitas que a maturidade me ensinou e que só vem com o passar do tempo foi a de que a gratidão é um grande presente.
Que bom que não deu tudo certo! Ainda bem que eu cheguei até aqui!
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